Centro Cultural Novacaixagalicia (Caixanova)

Vigo: Centro Cultural Novacaixagalicia (Caixanova)

História do Centro Cultural Caixanova

No final do século XIX um grupo de vigueses entusiastas acometeram a empresa de construir um Teatro na cidade de Vigo. Anos depois e depois de problemas económicos inaugurou-se o teatro Rosalía de Castro o 15 de julho de 1900 com a execução da ópera Aída.

Depois de uma época de falhanço económico o teatro avariou e foi vendido para seu uso como almacén. O povo pediu ao benfeitor D. José García Barbón que recuperasse o teatro e assim o fez. Até que o 8 de fevereiro de 1910 um incêndio destruiu por completo o teatro depois da função da terça-feira de carnaval. Este fatídico dia Vigo perdia seu teatro.

As sobrinhas do benfeitor J. García Barbón, seguindo seu nobre exemplo prometeram um teatro novo e mais suntuoso que o desaparecido. Desta maneira, em 1913 começava a construção do novo teatro baixo o projecto do arquitecto Antonio Palácios.

O 23 de abril de 1927 inaugura-se o novo teatro: o Teatro García Barbón. O novo edifício traçou-se com grande amplitude ocupando toda a superfície do teatro anterior e dois inmuebles anexos. Todo o material pétreo da parcela se empregou na construção dos alicerces até um total de 2.080 metros cúbicos.

As fachadas construíram-se com bela pedra do monte da Sierra (Castrelos) empregando-se 5.100 metros cúbicos. Ou o que é o mesmo 8.500 carroças carregadas ocupando uma longitude de 35 quilómetros. 545.149 kilogramos de ferro para o hormigón armado, 1.700 toneladas de cemento, 1.800 metros cúbicos de areia e 3.200 metros cúbicos de grava de Arosa.

O espaço estava dividido em três grandes locais:

- Teatro, destinado a grandes representações de ópera, zarzuela, comédia, concertos, dances de sociedade, teatro....

- Salga Rosalía de Castro ou auditório, dedicada ao cinema, pequenas actuações de teatro, concertos e dances populares.

- Casino, com grande hall-vestíbulo, escada de honra, salão-foyer, restaurante, etc.

A decoración da sala do teatro é muito sobria mas de grande vistosidad. Concentra-se na embocadura da cena. A parte superior, em arco rebajado, está ornamentada com grandes molduras, com um grande relevo ornamental, com um escudo nacional com grandes anjos, coroa mural e toisones, e em seu centro o escudo da Galiza ( o san Grial sobre fundo azul). Este arco descansa em grupos de triplos colunas.

O resto da decoración é em tons pérola claro e ouro para os muros e elementos ornamentales. As cores originais do teatro eram o azul e pérola para as tapicerías e o terciopelo azul para as butacas, pasamanos e lambrequines dos palcos; e cinza pérola para o telón e cortinajes dos antepalcos.

Nos anos 70 Caixanova (então Caixa de Poupanças Municipal de Vigo) inicia as negociações para compra-a do edifício Teatro García Barbón. Pretendia-se criar um dos centros culturais mais importantes de Espanha. Encarregou-se sua reabilitação ao arquitecto Desiderio Pernas investindo-se mais de 1000 milhões de pesetas.

No processo de reabilitação construiu-se um novo espaço na parte mais alta do edifício para construir uma grande biblioteca com capacidade para mais de 200.000 exemplares e 280 postos de leitura. O aforo do teatro ampliou-se a mais de 1.100 praças e a antiga sala de calderas, depois discoteca e local se rehabilitó e criou-se a sala de exposições.

O 22 de março de 1984 inaugura-se o Centro Cultural Caixanova convertendo-se em uns dos projectos culturais mais importantes realizados por uma entidade bancária em Espanha.

EDIFÍCIO TEATRO GARCÍA BARBÓN
EDIFÍCIO TEATRO GARCÍA BARBÓN

O Centro Cocial Caixanova encontra-se no edifício histórico Teatro García Barbón de 1927. Este edifício, inmerso no movimento arquitectónico academicista, foi projectado por Antonio Palácios. Investiram-se mais de 1.000 milhões de pesetas em sua reabilitação em 1984.

INTERIORES DO CENTRO
INTERIORES DO CENTRO

O vestíbulo esta decorado em delicados tons rosa e alvo e constitui o acesso principal ao Centro Cultural, com em frente à rua Policarpo Sanz. Sua planta é irregular, constituída por duas semicírculos e uma parte central oval. Tem uma superfície de 91 metros quadrados e está flanqueado com numerosas colunas de estilo jónico e dois belos lustres.

Depois da columnata acha-se a suntuosa escada imperial de arranque único e com bifurcación em duplo caracol desde a entrada ao teatro. Esta escada é uma verdadeira jóia arquitectónica. Desde esta nobre entrada chega-se às diferentes dependências que alberga o edifício.

O salão de recepções encontra-se localizado na terceira planta, à altura do segundo anfiteatro. É de forma elíptica e tem uma superfície de 242 metros quadrados. Está decorado com arcos, colunas e capiteles de estilo jónico, e com materiais e objectos nobres. Um ambiente de grande beleza na que um magnífico tapete se estende baixo o lustre. Seu uso se enmarca desde as recepções até lugar de estadia nos entreactos.

TEATRO - SALGA DE CONCERTOS
TEATRO - SALGA DE CONCERTOS

Ocupa a parte central do edifício, sendo seu principal lugar e motivo. Tem um aforo de 1.116 localidades repartidas entre seu pátio de butacas (584 praças) e suas três anfiteatros (151, 172 e 209 praças) que se elevam para a cimeira de seu ecrã acústica, autêntica peça finque da sonoridad da sala.

Possui um magnífico palco de 319 metros quadrados dotado dos últimos meios de iluminación e som. O fosso da orquestra tem uma capacidade para 50 músicos e a concha acústica é abatible para concertos.

SALGA DE EXPOSIÇÕES
SALGA DE EXPOSIÇÕES

Encontra-se baixo o vestíbulo do Teatro-Salga de Concertos e tem uma entrada independente desde a rua Reconquista. O granito natural dos pilares do edifício e os sobrios muros proporcionam-lhe nobreza, servindo de sustento e conexão às diversas estadias em que se divide seu espaço.

Tem uma superfície útil de 379 metros quadrados e uma longitude de parede útil para pendurar quadros de 95 metros.

AUDITÓRIO - CINEMA
AUDITÓRIO - CINEMA

No nível mais baixo do edifício e com entrada pela parte posterior do Centro, acha-se esta confortable salga circular com um aforo de 500 butacas. Nela se pode escutar um concerto ou recital, assistir a uma projecção cinematográfica ou ver teatro de ensaio.

O palco tem uma superfície de 70 metros quadrados e o ecrã de projecções é de 9,50 x 4 metros.

BIBLIOTECA CAIXANOVA
BIBLIOTECA CAIXANOVA

Coroando o edifício, em sua parte mais alta, encontra-se a biblioteca baixo a cúpula de nova construção. Um enorme ventanal contribui luz natural a todo o interior. Distribuída em duas plantas tem um total de 560 metros quadrados com 252 postos de leitura e uma capacidade de 200.000 volumes.

Consta de um vestíbulo com ficheiros de entrega de livros e revistas com uma superfície de 91 metros quadrados.

SALGA DE CONFERÊNCIAS
SALGA DE CONFERÊNCIAS

Encontra-se situada na segunda planta. Tem forma oval, cómoda e com amplos ventanales à fachada principal. Tem um aforo de 175 praças e sua decoración e iluminación conseguem um ambiente sereno que convida à comunicação.

Consta de cabine de tradução simultânea, controle de som, proyector, microfones e equipa de som de alta fidelidade.